Um futuro envolvido em tecnologia digital, mas mantendo o seu principal elemento que é a impressão, que continua e continuará por muito tempo sendo fundamental. A tal ponto que dizemos que a indústria de impressão ganha a cada dia novos contornos e já passa a ser maior que a indústria gráfica, até porque a absorve. Hoje podemos imprimir o mundo e não somente o pape e cartãol: pisos, paredes, madeiras, móveis, tecidos, roupas, calçados, cerâmicas, revestimentos, eletrônicos, peles, ossos, e muito, muito mais. Literalmente o mundo. Por seu lado a indústria gráfica seguirá firme e forte na impressão de todos os tipos de embalagens, de material de leitura, de material de comunicação e outros tantos que necessitem esclarecimento, informação, proteção e praticidade.

Apontamos como pelo menos sete pilares para a construção do roadmap, ou do caminho futuro da indústria: transformação digital, sustentabilidade, personalização, atração de talentos, mercado de conversão e mercados de impressão funcional e industrial. Além disso a servitização de seus produtos, ou, em outras palavras, agregar serviços além da impressão. Há, claro, muitas partes dentro de cada um desses pilares, mas o caminho passa por eles.

Primeiro, fazer uma profunda análise estratégica de seus possíveis mercados, capacidades e de sua mentalidade digital. Procurar entender as reais necessidades dos clientes desses mercados e como criar atendimento, serviços e respostas que permitam criar valor junto a esses clientes. Em diferentes maneiras, de acordo com os produtos oferecidos: desde a facilidade compra para os produtos mais comoditizados até a projetos conjuntos que diminuam custos de processos de negócio dos clientes. Feito esse entendimento, que é muitas vezes dificultado pela tradição de se fazer negócio do mesmo jeito há muito tempo, começar a criar a visão do atendimento e a construção das pontes que o ligarão de forma mais permanente com os clientes. Internamente o caminho cada vez mais necessário da automação dos processos, de se construir uma mentalidade digital, a já famosa transformação digital, padronização de processos e uma gestão voltada à produtividade. Em cima disso, muta determinação e vontade. Propósito bem estabelecido. Isso vale para qualquer tamanho de empresa gráfica. Não sabe bem como fazer? Procure ajuda. Aqui mesmo, se quiser.

Lançamos em 2018/19 o livro Gráfica: uma indústria em transformação onde mostrávamos todo o crescimento do mundo digital e como isso já envolvia e envolveria a gráfica. As mudanças de mercado e os desafios e oportunidades que se apresentavam. A pandemia veio e não só confirmou o que mostrávamos como tendência, mas como acelerou esse processo. Muitas empresas já estavam em transformação de seus modelos de negócio, em suas tecnologias e em sua mentalidade. Várias já se consolidaram nesse caminho. Fizemos no Ciglat um resumo do que seria hoje uma gráfica atualizada, ou seja, transformada: Ter um foco estratégico definido, conectada com seus clientes ( seu cliente é seu mercado), com inteligência competitiva, vigilância tecnológica e boa relação com seus fornecedores, pró-ativa e ágil, oferecendo serviços (design, projetos, base de dados, logística, mercadotecnia, facilidade de compras e outros) além da impressão, com alianças estratégicas para ampliar sua oferta, automatizada (produção, planejamento, custeio), com produção flexível (com diferentes processos produtivos, analógicos e digitais que permitam oferecer diferente volumes a diferentes demandas), processos controlados e interligados e com pessoas envolvidas e capacitadas, Fácil? Não, mas possível. Se houver visão, objetivos, determinação e, mais que tuso, a atitude de fazer.